
Displasia do quadril em bebês: Identificando os primeiros sinais
12/03/2025
Displasia do quadril: mitos e verdades
12/03/2025A condição conhecida como displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) ocorre quando a articulação do quadril do bebê não se desenvolve adequadamente, resultando em uma articulação instável, rasa ou desalinhada, o que prejudica a estabilidade e o funcionamento do quadril.
Apesar de não ser possível prevenir a displasia do quadril, a combinação de rastreamento neonatal e práticas seguras pode diminuir consideravelmente sua gravidade e consequências.
Neste artigo, você vai descobrir como ajudar o desenvolvimento do quadril e a importância das intervenções precoces para essa condição. Continue lendo!

Qual a importância do rastreamento da displasia de quadril em recém-nascidos?
Se não for identificada ou tratada a tempo, a DDQ pode resultar em deformidades permanentes, luxação do quadril e até mesmo incapacidades físicas que comprometem a qualidade de vida com o passar do tempo.
O diagnóstico precoce é quando podemos contar com uma grande capacidade do esqueleto infantil de responder aos tratamentos, as intervenções preventivas são importantes porque ocorrem durante um período em que o sistema esquelético é extremamente moldável, o que eleva as possibilidades de êxito do tratamento. A detecção precoce de anomalias possibilita a implementação de ações corretivas simples e eficientes, como a utilização de órteses.
Quais medidas preventivas tomar durante a gestação?
A DDQ pode acontecer mesmo em gestações saudáveis, independente das escolhas que você tenha feito durante esse período. Um bom pré-natal ajuda identificando fatores de risco e orienta os pais nos próximos passos após o nascimento do bebê. Ainda não existem técnicas que consigam fazer o diagnóstico preciso intraútero da DDQ, portanto, o mais importante é ter o conhecimento da doença para que ações precoces possam ser tomadas após o parto.
Informações importantes para você considerar a gestação:
- Ficar sentado em algum momento da gestação
- Pouco líquido amniótico
- Bebês muito grandes
- Úteros com restrição do espaço
- Gemelaridade
- História de DDQ na família
- A prematuridade não exclui a necessidade de rastreamento
Caso possua algum desses fatores acima, converse com o seu pediatra.
Qual é o posicionamento correto do bebê?
A posição adequada respeita a anatomia natural do quadril do recém-nascido, possibilitando um desenvolvimento adequado das articulações. Isso é crucial ao carregar, dormir ou enrolar o bebê em cobertores, bem como ao usar aparelhos, como os carregadores. O ideal para um posicionamento adequado:
Posição de pernas de “rã” ou abdução: É necessário que os joelhos estejam levemente dobrados e afastados, com as coxas voltadas para cima e para fora. Este posicionamento é conhecido como “posição em M” ou “posição fisiológica”.
Esta posição possibilita o correto encaixe da cabeça do fêmur no acetábulo, auxiliando no desenvolvimento apropriado da articulação.
Prevenir a extensão dos quadris e dos joelhos: Nunca se deve esticar ou manter as pernas unidas por períodos prolongados, como que acontece nos enfaixamentos tipo “charutinho” pois isso pode intensificar o perigo de luxação ou instabilidade do quadril.
Existem orientações sobre o uso de carregadores e slings?
O uso de carregadores e slings para bebês é prático e vantajoso, mas requer atenção para garantir segurança e promover o desenvolvimento saudável dos quadris. Uma postura inadequada pode aumentar o risco de displasia do quadril ou agravar condições existentes.
Quando utilizados corretamente, esses dispositivos previnem problemas no quadril, asseguram conforto e reforçam a interação saudável entre cuidador e bebê, além de evitar dores ou lesões. Para garantir o uso seguro e eficiente, siga orientações essenciais de ergonomia e ajuste:
Período de utilização: Não deixe o bebê no carregador ou sling por períodos prolongados e contínuos. Embora estejamos em posições ergonômicas, é crucial variar entre carregadores e outras atividades, como deixar o bebê em superfícies lisas para movimentos livres e desenvolvimento dos músculos.
Modelos ergonômicos: Garanta que o carregador ou o sling suportem corretamente os quadris e as coxas do recém-nascido.
Observe indícios de desconforto: Verifique se o recém-nascido está em conforto e sem indícios de pressão nas pernas, quadris ou abdome. Pernas roxas ou frias podem sinalizar problemas de circulação sanguínea.
Proteção geral: Nunca corra, salte ou realize tarefas que possam colocar o bebê em movimentos bruscos enquanto estiver no sling ou no carregador e evite utilizar esses suportes enquanto cozinha ou em locais com alta temperatura ou risco de respingos.

Como usar o carregador ou o slings corretamente?
A utilização adequada de carregadores e slings é fundamental para assegurar a proteção e o bem-estar do bebê e do responsável. Veja algumas orientações básicas:
Opte por modelos ergonômicos
Assegure-se de que o carregador ou sling suporte corretamente os quadris e coxas do bebê, possibilitando que as pernas se acomodem em uma posição “M” (joelhos mais altos que os quadris e pernas afastadas).
Evite carregadores que prendam as pernas
Modelos que mantêm as pernas do bebê presas ou pressionadas contra o corpo podem causar uma pressão inadequada nos quadris, elevando o perigo de complicações articulares.
Coloque o bebê em posição de pernas de “rã”
Os joelhos devem estar levemente flexionados e afastados, enquanto os quadris devem estar em abdução. Esta postura distribui de maneira equilibrada a pressão na articulação do quadril.
Mantenha a cabeça apoiada e livre
A posição da cabeça do bebê deve ser firme, especialmente para os recém-nascidos, mas sempre em um ângulo que permita a circulação de ar, evitando assim o sufocamento.
Ajuste a altura adequadamente
O bebê precisa estar em uma altura que permita ao cuidador beijar o topo de sua cabeça de maneira confortável.
Centralize a posição do bebê
O bebê precisa estar centrado no corpo do responsável, com o peso distribuído de forma balanceada.
Qual a importância das consultas regulares ao pediatra?
A displasia de quadril é uma condição que pode ser tratada de forma eficiente se for identificada em estágio inicial. As consultas de puericultura possibilitam ao pediatra uma avaliação constante da estabilidade e desenvolvimento dos quadris, mesmo após o diagnóstico inicial. A realização regular de exames físicos, como as manobras de Ortolani e Barlow, auxiliam na detecção de qualquer indício de instabilidade ou luxação que possa aparecer ou se manter.
O pediatra analisa o desenvolvimento integral da criança, incluindo peso, altura e desenvolvimento motor. Quando são identificado alterações do sistema músculo-esqueletico existe um referenciamento ao ortopedista pediátrico para avaliação minuciosa dos quadris e assim diagnosticar e tratar de forma precoce, garantindo a qualidade de vida do bebê tanto no presente quanto no futuro.
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