
Displasia do quadril em crianças: quando a cirurgia é necessária?
12/03/2025
É possível prevenir a displasia do quadril em recém-nascidos?
12/03/2025A displasia do quadril infantil, também conhecida como displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), é uma condição que impede a formação adequada da articulação do quadril do bebê. Normalmente, a cabeça do fêmur (osso da coxa) encaixa-se na cavidade óssea do quadril, conhecida como acetábulo. Na displasia, esse ajuste não é correto, o que pode resultar desde uma formação insuficiente do osso da bacia até o deslocamento total da articulação, o que, com o crescimento da criança pode alterar a forma de andar (mancar), levar a dor e alterações do movimento.
Entenda como perceber os primeiros sinais e a importância do diagnóstico precoce para displasia do desenvolvimento do quadril, neste artigo. Leia mais!

O que é displasia do quadril infantil?
A displasia do quadril em crianças é uma condição que impede a formação adequada da articulação do quadril, dificultando a conexão entre a cabeça do fêmur e a cavidade do quadril em bebês e crianças. Assim, há o risco de que o fêmur se mova ou se desloque da articulação, podendo até ocorrer uma luxação em alguns casos.
A condição pode se manifestar de forma leve ou grave e pode ser congênita (existente no nascimento) ou evoluir ao longo dos primeiros meses de vida. A falta de tratamento para a displasia do quadril pode causar dificuldades no desenvolvimento motor, dor e desgaste precoce da articulação, culminando em condições como a osteoartrose no futuro.
Quais as causas de displasia de desenvolvimento de quadril?
A Displasia do Quadril em crianças pode ser resultado de vários fatores que contribuem para o desenvolvimento inapropriado da articulação quadril.
As causas costumam ser multifatoriais e englobam:
- Genética
O risco em recém-nascidos aumenta se houver um histórico familiar de displasia do quadril.
Algumas populações exibem uma predisposição genética mais acentuada.
- Aspectos mecânicos
Posição intrauterina: Crianças em posição pélvica (sentadas) apresentam um risco maior por forças que atuam no quadril.
Oligohidrâmnio: A diminuição da quantidade de líquido amniótico restringe o movimento fetal, prejudicando o crescimento articular.
Posicionamento após o nascimento: o uso de enfaixamentos que mantem as pernas estendidas e fechadas podem alterar o desenvolvimento do quadril (charutinho)
- Gênero
Meninas correm um risco maior, provavelmente por terem uma sensibilidade maior aos hormônios maternos.
Quais são os tipos de displasia de quadril?
Essa condição pode se apresentar de várias maneiras, variando conforme a gravidade e o estágio do desenvolvimento em que se manifesta.
Veja abaixo os tipos de displasia de quadril infantil:
- Displasia acetabular
A estabilidade articular é prejudicada quando o acetábulo (espaço onde a cabeça do fêmur se encaixa) é raso ou subdesenvolvido. A cabeça do fêmur continua no acetábulo, porém com um encaixe impróprio. Esse caso, pode não apresentar sintomas no começo, mas favorece a osteoartrose precoce.
Subluxação:
O acetábulo é displásico e a interação entre as superfícies articulares está alterada. A cabeça do fêmur está parcialmente deslocada em relação ao acetábulo, o que pode provocar instabilidade e desgaste articular com o tempo.
Luxação:
É a forma mais grave de DDQ, podendo resultar em mudanças estruturais consideráveis se não for tratada a tempo. Ocorre quando a cabeça do fêmur está completamente fora do encaixe do quadril.
Displasia teratológica
A luxação do quadril já ocorre no nascimento e é mais complexa de ser tratada. Ocorre de maneira rara e séria durante o período fetal, e está ligada a outros defeitos congênitos, como a artrogripose ou a mielomeningocele.
Por que é importante o diagnóstico precoce?
A detecção precoce da displasia do quadril em crianças é fundamental para assegurar um crescimento saudável e prevenir uma série de complicações a longo prazo. Esta condição, ao ser reconhecida nos primeiros meses de vida, possibilita um tratamento mais eficiente e menos invasivo.
Durante os primeiros meses de vida, a criança tem muita capacidade de remodelação e crescimento do acetábulo (osso da bacia), então os métodos SEM cirurgia, com o uso de órteses tem altas taxas de sucesso.
Crianças sem o tratamento adequado para a displasia podem apresentar complicações como alterações na forma de andar, diferença no comprimento das pernas, dor crônica no quadril, diminuição da amplitude de movimento e até artrose precoce. Todas essas situações afetam a qualidade de vida, restringindo as atividades físicas e até as rotinas cotidianas.
Quais são os sinais e sintomas de displasia comuns em bebês?
A displasia do quadril em bebês pode ser um problema complicado de identificar visualmente nos primeiros meses de vida, principalmente porque, frequentemente, os bebês não mostram sinais evidentes de dor ou desconforto. No entanto, há alguns sinais e sintomas que podem sugerir um problema no crescimento articular, entre eles estão:
- Assimetria nas pregas das coxas
- Diferença no comprimento das pernas
- Dificuldade para abrir as pernas
- “Estalo” ou “clique” na articulação
- Postura assimétrica ao engatinhar ou andar
- Redução da mobilidade em um lado do corpo

Como é feito o diagnóstico da displasia em bebês?
Muitos desses sintomas podem ser difíceis de reconhecer, por isso, são realizados exames de triagem para identificar a displasia do quadril durante as primeiras consultas pediátricas. O médico executará testes clínicos específicos para avaliar a estabilidade da articulação. No entanto, se forem detectados quaisquer desses sinais ou sintomas ou quando existe fatores de risco, é necessário a realização de exames adicionais para confirmar o diagnóstico. Nos primeiros meses de vida o exame de escolha é a ultrassonografia do quadril realizada pelo método de GRAF e após o sexto mês a radiografia da bacia ganha mais importância, mas é claro, essa escolha é individualizada para cada bebê.
Principais tratamentos para displasia de quadril infantil:
Utilização de órteses
- Suspensório de Pavlik: Recomendado para crianças menores. O suspensório mantem o posicionamento do quadril encaixado, mas permite o movimento, fazendo que o a articulação se remodele.
- Órtese rígida e semi-rigidas: são alternativas quando é necessária mais estabilidade, principalmente em crianças mais velhas.
- Reposicionamento da articulação (redução) e gesso
- Em algumas situações as órteses não têm o resultado esperado, então, confecciona-se um gesso sob anestesia para garantir que a articulação permaneça em uma posição que favoreça o sua remodelação.
- Cirurgias
- Diversos tipos de procedimento são utilizados para corrigir os casos mais graves de DDQ. Nas crianças mais velhas, o primeiro passo é remover os tecidos que são formados com o tempo e que impedem a redução do quadril. Com o passar do tempo, isso passa a não ser suficiente e então é necessário a realização de cortes nos ossos da bacia e do fêmur para conseguir um encaixe adequado
Fisioterapia
- A Fisioterapia tem um papel importante no pós-operatório das cirurgias complexas para ganho do movimento articular e fortalecimento dos músculos.
Entenda melhor sobre os tratamentos para displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) clicando aqui.
A supervisão constante é importante para acompanhar o progresso do quadril e evitar possíveis complicações futuras, tal como a osteoartrose. É fundamental conscientizar pais e profissionais de saúde sobre os fatores de risco e os indícios iniciais da DDQ, para desse modo assegurar um diagnóstico precoce preciso e os melhores resultados no tratamento.
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